Ap?s a paralisação dos serventu?rios da Justiça, ficou a d?vida entre a categoria: ?Ser? que a ditadura está de volta??. O protesto dos servidores foi, al?m de justo, democr?tico. No entanto, a interpretação do desembargador-presidente do Tribunal de Justiça, Ant?nio de P?dua, foi completamente diferente.
O presidente disse que recebeu a paralisação com ?surpresa e desapontamento?, apesar dos longos anos da categoria em busca do Plano de Cargos, Carreiras e Remuneração (PCCR). ?Não há motivo para tanta surpresa, uma vez que os salários estão defasados há mais de 10 anos?, declarou Benedito Fonseca, presidente do Sindicato dos Oficiais de Justiça do Estado da Paraíba (Sojep).
Durante a mobilização, a STTP tentou intervir e a Semam, aplicou uma multa de R$3 mil no carro de som, alegando que o mesmo estava estacionado (o que ? proibido por lei). ão carro ficou circulando o tempo todo, mas isso foi feito com a intenção de nos intimidar?, explicou.
Segundo os serventu?rios, o desapontamento maior foi quando o presidente do TJ acionou a Pol?cia Militar para conter uma guerra que nunca existiu. ?Todo o movimento foi pac?fico, as interpretações ? que foram divergentes?, disse o presidente do Sojep.
A vereadora Nadja Palitot se sensibilizou com a situação dos serventu?rios e fez um pronunciamento forte e compat?vel com a realidade da categoria.
O presidente disse em nota publicada no site do TJ que ?lamenta a falta de compreensão dos dirigentes sindicais?, mas parece não compreender a indignação da categoria em não participar da elaboração do PCCR.
Os servidores estranharam o posicionamento do desembargador ? tido pela categoria, como um homem ?ntegro e sensato ? quando declarou que não mostrar? o PCCR caso os servidores ?persistam com a postura de intransig?ncia?.
Foram muitas as tentativas de di?logo em busca de conhecer, ao menos, o esboão do PCCR. Em maio, os representantes da categoria se reuniram com o presidente do TJ para conhecer o plano, mas nada foi revelado.
Ainda na semana passada, no site do ?rg?o, foi declarado que o plano estava em fase final de implantação e que seria apresentado aos serventu?rios em poucos dias. Diante da in?rcia do TJ, não houve outro jeito a não ser paralisar as atividades por 24 horas em todo o Estado.
Nesta sexta-feira, 6, os Oficiais de Justiça se re?nem em assembléia em Campina Grande a fim de avaliar os efeitos da paralisação.