No decorrer do mês de julho do corrente ano o Tribunal de Justiça da Paraíba, através do seu atual Presidente o Desembargador Antonio de Pádua Lima Montenegro apresentou a tão esperada minuta do Neo-Plano de Cargos e Salários dos servidores da Justiça Comum Paraibana. Nela, contém uma série de novidades e mudanças radicais que me deixou preocupadíssimo com o que poderá acontecer no futuro do nosso cotidiano forense. Na verdade, fui surpreendido e fiquei muito triste quando li que o meu cargo para qual fui nomeado há mais de duas décadas e que contém na minha portaria a nomenclatura OFICIAL DE JUSTIÇA, cargo de suma importância e que exerço com muita competência, zelo, respeito e dedicação esta preste a ser extinto.
Ora, se nos tempos mais remotos da humanidade e principalmente no Juízo os historiadores e Críticos, remonta ao Direito Hebraico A ORIGEM DO OFICIAL DE JUSTIÇA. Entre os antigos Judeus e os Suphetas ou Juizes de Paz, estes, tinham sob a sua direita a dependêcia de alguns OFICIAIS DE JUSTIÇA encarregados de executar as ordens que lhes fossem confiadas. E, assim, sucessivamente, este cargo de OFICIAL DE JUSTIÇA foi se estendendo por todos os Palácios Judiciais e em todos os recantos do Planeta Terra pela sua importância de saber se conduzir diante dos encargos recebidos para proceder as dililgências não só das atividades executoras, mas, gestora e jurisdiconal.
Na Constituição Cristã ou Bíblia Sagrada à palavra ou nomenclatura “OFICIAL DE JUSTIÇA” aparece e esta presente nos livros dos Evangelistas, em Mateus esta no capítulo 05 versículo 25, e em Lucas está no capítulo 12 versículo 58. Nos Códigos de Direito Civil e Penal ou em outros escritos para a pratica forense o nosso cargo jamais será retirado em face do brilhantismo e capacitação que o “meirinho” exerce no difícil patamar do perigoso ofício.
Enfim, em todos os lugares que chegamos o “LONGA MANUS DA JUSTIÇA” é conhecido e identificado por “OFICIAL DE JUSTIÇA” principalmente por toda a jurisdição das comarcas do interior, onde, a figura do “OFICIAL DE JUSTIÇA” é respeitada e recebida com todo prestígio por aqueles que são visitados constantemente pelo executor das ordens judiciais.
Assim, este braço do Juiz ou a extensão do julgador que tem a missão de levar e executar todas as decisões proferidas pelo juízo a qualquer pessoa e em qualquer lugar jamais será reconhecido e recebido com outra nomenclatura em face de sua identificação já ser reconhecida e se encontrar nos anais da sociedade paraibana como um excelente profissional chamado de “OFICIAL DE JUSTIÇA”. · Por José Henriques da Rocha ( Oficial de Justiça Avaliador da Comarca de Esperança-PB)