A ANTÍTESE DO VIRTUAL
– Tributo ao cômputo à dor –
Coisa desajuizada
É a CATEGORIA se acomodar
Com deferências exageradas.
Há limites no contemporizar.
Algo está a me dizer
Já é hora de discorrer
Sobre “ANTÍTESE DO VIRTUAL”,
A conta, o cômputo à dor
Do oficial de justiça avaliador
Que lhe é cobrado em REAL (R$)
Já pensou no dia em que
O meirinho for “VIRTUAL”,
Sem o velho lápis de pau,
Sem “máquina” e papel na mão
No “Alto do Mateus”, no “Pedregal”
Pra efetuar a prisão
Dum periculoso marginal?…
E em havendo reação
Que faz o oficial!…
Faz a “ponte” com a CEMAM
Que de lá comanda: – APAGUE
Em vez de comandar: – DELETE.
E ao ENTER, o réu reage:
– Ah! Sem vê MANDADO DE PRISÃO?…
– Assim, eu não têjo preso.
Não têjo …, não têjo…, não têjo!
E a prisão vira um trovejo
Ao comando “APAGUE”, errado:
POUU!… o soldado atira: arquivo “APAGADO”
Oh! Doutoras e Doutores
O SOJEP em esforço ingente
Faz-lhes solicitações
Por oportunas, evidente.
Quando o ponto é controverso
Diverge em anverso e verso
BENEDITO – O Presidente!
De convívio com muita gente,
Exceto com os “gabinetados”,
Os oficiais, do meio do povo
São cidadãos respeitados.
Graduados em vários cursos.
Muitos já pós-graduados
Fazem da sua trajetória
Curriculum vitae suado.
Há quem diga ser HUMANO,
Quando é apenas URBANO.
Já pensou?…Fique ligado!
Já se lá vão 15 anos
Do I CONCURSO que aprovou
Nosso mérito, a competência,
Que nos desembarga a dor.
E fique o povo ciente,
A CATEGORIA se endividou:
Vendeu objetos; não tem tenças.
Na “CAIXA” faz um penhor;
E pra não dizer inadimplente;
Faz CDC’s, nas urgências
E, CONSIGNAÇÕES. Sim Senhor!
Apela para NOSSO SENHOR!
Se sofrer do coração
Faz consulta espiritual,
Procura uma religião;
E muitos ainda são atletas.
Sem plano de saúde, então,
Se cai um familiar doente
Não tem pra quem apelar, não:
É rezar pra Padim CIÇO
E, pra Padim FREI DAMIÃO,
Uns 500 Padres Nossos.
O TRIBUNAL?…Ah, liga não!
Não se pode é calar
Diante das injustiças
Que a uns privilegia
É claro, a ninguém avisa.
Dizem que o JURIS é sensato
Ora, há casos em nosso Estado
Que é caso pra polícia!
Uma pessoa ajuizada
Não vai se vangloriar
Dos desacertos extremados
De uns 10 anos pra cá;
Basta recordar e ver
Que o nosso TRIBUNAL
Tem casas, fóruns, carros, computador,
Em oficial de justiça avaliador
Não fala: não é VIRTUAL!…
Em crise o papel-moeda,
Um PLANO de cara feia,
E nossas promissórias atrasadas,
Porém, há os de panças cheias.
100 novos cargos surgindo;
O 1° juizado VIRTUAL, vem vindo
Com muita badalação.
Mais de três novas secretarias,
Pra que tanta tecnologia?…
Pra tão pouco “coração”!
Tanta “VIRTUALIDADE”,
Pomposas superestruturas,
FÓRUM CÍVEL e, CRIMINAL.
Segundo as nossas escrituras
Assim diz um vaticínio:
“Tristes da pancada do sino”
São os narcisistas que só a si vêem;
Deles são a ascensão, a “comissão”;
Engolem hóstias na “comunhão”
“Escondem-se”, mas Deus os vê!
O “ARTIGO 19”
Do CPC, apregoa
Que custos com diligências
São da parte promotora
E não do parco salário
Daquele funcionário
Com MANDADO do juiz.
Nosso estado é o estorvo.
Pagamos ônus que não é novo
E temos o menor salário do País!
Um PLANO desesperado
A nós desassossegou.
Como está estruturado
É um “presente de grego”.
Nossos salários aviltados,
Inseguros, defasados,
O júris não é prudente:
Justiça insana, cega e algoz
Deixa-nos órfãos, a sós.
Largou-nos: está ausente!
Ele não vive de automóvel,
Fórum, nem computador;
Vive de um salário líquido
O oficial de justiça avaliador.
E a tal tecnologia
Pra mim não asfixia
“Certas traças roedoras”.
Se a Comissão Elaboradora
Não for hábil em transigir
Nosso direito é divergir!