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Reza o dito popular que alguns juízes pensam que são deuses e outros têm certeza. O fato é que nesse contexto, ainda existem magistrados sensíveis à distância abissal remuneratória que os separam dos servidores, que muitas das vezes têm que recorrer a movimentos grevistas, para chamar a atenção dos Tribunais e jurisdicionados para essa triste, histórica e comum realidade.

Segundo um adágio pejorativo, a Paraíba é o quintal de Pernambuco. E foi lá, na Comarca de Caruaru, que o juiz da 1ª Vara Cível Brasílio Antônio Guerra desabafou sobre o tema, quando se viu forçado mais uma vez a suspender uma audiência, “em virtude de paralisação justa dos servidores”.

Brutal desigualdade

Ao criticar a brutal desigualdade remuneratória dentro do Poder Judiciário, ele lembrou os extremos, onde um magistrado no topo tem como subsídio 30 mil e 700 reais  acrescidos de 4 mil e 300 reais de “auxílio moradia” e destacou que o valor dessa verba indenizatória equivale ao topo salarial de um servidor com anos e anos de serviço público.

Para Guerra, não se discute a justeza do padrão remuneratório do magistrado pernambucano, inferior inclusive em relação a outros estados, mas o que deve ser colocado é a profunda diferença remuneratória dentro do mesmo sistema e a premente necessidade de construção de uma política remuneratória, que possa resgatar a importância do servidor público dentro da missão institucional do Poder Judiciário.

Ao abordar a relação entre os servidores e a Presidência do TJPE, numa situação de quase limite, representada por uma corda esticada, ele prega em tom pacificador, que o diálogo franco deve sempre permanecer, pois a luta dos servidores não dá sinais de que irá fraquejar.

Segue abaixo cópia do despacho.

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Equipe Sindojus

Comentários ( 3 )

  • Equipe Sindojus
    Manoel Catuhyte says:

    Surge o fio de esperança, quando ouvimos Homens com esta sensibilidade e capacidade envolta de coragem, para denunciar o absurdo e a necessidade de contrapartida financeiro dos servidores.

  • Equipe Sindojus
    Silvana Madrid says:

    É bem verdade que se diga que seremos sempre desprezados quanto ao fator remuneração justa, contudo já temos que acreditar que somos uma classe forte e esclarecida, e portanto nunca desistiremos das nossas lutas, porque assim teremos motivos de sobra para trabalharmos dignamente pelas nossas famílias e conquistaremos dias melhores.

  • Equipe Sindojus
    Teophilo Dantas da Silva says:

    Esse é o um magistrado ET- Extra Terrestre em relação aos demais!

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